quarta-feira, 25 de abril de 2012

Governo do Rio anuncia investimentos de R$ 15,4 bi no setor naval

 

Empresários do setor discutiram o futuro do setor naval, em evento realizado hoje (24) no Rio de Janeiro. Governo do Rio anunciou a criação de um pólo de navipeças
O presidente das Federações das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, anunciou hoje (24) durante a abertura do II Balanço do Setor Naval e Offshore, que o setor naval terá investimentos de R$ 15,4 bilhões entre 2012 e 2014, um crescimento de 17% em relação ao triênio 2011-2013. O executivo antecipou que desse montante R$ 6 bilhões serão destinados à construção de novos estaleiros – um aumento de 37% em relação ao ano passado.
 “E aqui não estão incluídos ainda as discussões sobre os investimentos em Inhaúma e também dos diversos estaleiros em Barra do Furado”, afirmou o presidente.
No mesmo evento, o governo do Rio de Janeiro anunciou a criação de um polo de navipeças, com saída para a Baía de Guanabara, no município da baixada fluminense, em Duque de Caxias. O governo espera que a criação do polo atraia empresas fornecedoras de equipamentos para estaleiros, como meta de incentivar o conteúdo local na indústria petrolífera. O acordo foi assinado pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, Energia, Indústria e Serviços, Julio Bueno, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento Industrial (Codin) e com o Sindicato Nacional da Indústria Naval (Sinaval).
O projeto terá investimentos do governo estadual em torno de R$ 250 milhões para a compatibilização de uma área de quatro milhões de metros quadrados em Duque de Caxias, que será destinada a novas empresas. A expectativa dos executivos é de que o pólo atraia investimentos de R$ 1,5 bilhão e gere cerca de cinco mil empregos diretos assim que começar a ser implementado, entre 2013 e 2015.
Presente no encontro, o presidente da Transpetro (braço logístico da Petrobras), Sergio Machado, ressaltou a importância de eventos sobre a cadeia offshore para debater o futuro do setor no país. "Estamos em um momento estratégico, de muitas mudanças no cenário internacional. Neste contexto, o Brasil atingiu um novo patamar e viu o renascimento de sua indústria naval. Agora, precisamos focar em sustentabilidade e competitividade para manter o país como um importante player do setor frente às grandes potências”, disse Sergio.
  A previsão é de que sejam gerados 11 mil empregos na construção dos novos estaleiros e 16 mil na operação. “Hoje já temos 42% dos 60 mil empregos diretos no setor no Brasil, isso sem falar nos indiretos. Esse número vai crescer 60% nos próximos três anos”, calculou Eduardo Eugenio.

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