sábado, 4 de fevereiro de 2012

Alta dos Preços na Região Portuária (SUAPE/Cabo de Santo Agostinho)

Enquanto na Região Metropolitana do Recife, o total pago pelos 27 itens custa R$ 235,74, no Cabo sai por R$ 243,06; segundo diretor do Procon, a alta de preços registrada no Cabo foi a maior já identificada. o vilão da cesta foi o sabão em barra (393,75%)
MIRELLA FALCÃOmirellafalcao.pe@dabr.com.br
O aumento no fluxo de pessoas no Cabo de Santo Agostinho, devido ao boom do complexo portuário e industrial de Suape, já está pressionando os preços dos alimentos. O município possui a cesta básica mais cara, dentre as cidades pesquisadas pelo Procon-PE, que ainda inclui a RMR, Caruaru e Vitória. Enquanto na Região Metropolitana do Recife, o total pago pelos 27 itens custa R$ 235,74, no Cabo sai por R$ 243,06. Também registrou a maior alta de preços no primeiro mês do ano, com um aumento de 2,83% na comparação com dezembro de 2011, contra os 0,29% aferidos na RMR. O pacote de absorvente foi o produto que mais variou no Grande Recife, com uma diferença de 189,87%. 


A opção mais econômica, de acordo com a pesquisa do Procon-PE, está nos estabelecimentos do tipo atacarejo.
“Com o aumento do número de pessoas morando e trabalhando no Cabo, por conta de Suape, a cidade está registrando hoje a cesta básica mais cara. É a lei da oferta e da demanda. A orientação é que as pessoas substituam os produtos mais caros pelos mais baratos. E se possível, façam suas compras em outro município. Dessa forma, os comerciantes ficarão menos estimulados a aumentarem os preços”, afirma José Rangel, diretor do Procon-PE. De acordo com ele, a alta de preços registrada no Cabo foi a maior já identificada.


De uma forma geral, os produtos de higiene pessoal foram os que mais variaram. Na RMR, os maiores percentuais foram registrados no pacote de absorvente (189,87%) e no papel higiênico (182,83%). Em Caruaru, o pacote de sabão em barra chegou a variar 478,26%. O pacote de absorvente também apresentou grande variação de preço (211,59%). Em Vitória, o papel higiênico variou 338,24%. No Cabo, o vilão da cesta foi o sabão em barra (393,75%).
A opção mais econômica na RMR são os atacarejos. Esses estabelecimentos vendem produtos na unidade, mas oferecem descontos para quem compra em grandes quantidades. Geralmente, não possuem ar-condicionado, nem oferecem sacolas. Isso explica porque, na pesquisa, os menores preços estão concentrados no atacarejo, que se transformou na opção de compras da feira do mês do socorrista Robson Correia, 35 anos. “Se eu fosse comprar tudo no supermercado sairia R$ 700. Aqui sai por R$ 400”, calcula ele. Já a dona de casa Edilene Andrade, 40 anos, não abre mão da pesquisa de preço. “Faço as compras em pelo menos três lojas”, diz ela.
A pesquisa toma como base a cesta básica mensal para uma família composta por quatro pessoas, sendo dois adultos e duas crianças. O levantamento do Procon foi realizado em 20 estabelecimentos da Região Metropolitana do Recife (Recife, Olinda, Paulista, Abreu e Lima), 9 no Cabo de Santo Agostinho, 22 em Caruaru e 12 em Vitória de Santo Antão. A análise dos preços foi feita nos 27 itens, entre alimentação, limpeza doméstica e higiene pessoal. A pesquisa completa, que indica o preço de cada item por loja, está disponível no site do Diario de Pernambuco.

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