Os números são do chefe de Educação do Centro de Tecnologia SENAI Automação e Simulação, Maurício Rocha Bastos,

De acordo com as definições do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos, desenvolvido e mantido pelo MEC, as possibilidades de atuação em Óleo & Gás estão direcionadas a três grandes frentes: empresas do setor petrolífero, operadoras de campos de petróleo e prestadoras de serviços.
Entretanto, Bastos lembra que muitas vertentes que não a formação específica em Petróleo e Gás, têm parentesco com o setor. Ele cita os cursos de Eletrotécnica, Construção Naval, Automação Industrial, Eletrônica, Mecânica e Metalurgia como exemplos. “Alguns deles são altamente transversais, ou seja, aplicáveis em diversos segmentos”, explica o executivo do SENAI, detalhando que um técnico nessas áreas pode ser útil tanto na indústria farmacêutica quanto na de Petróleo.
É o caso de Lucas Alves, de 22 anos, estudante do sexto período de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ). Técnico em Mecânica pelo Cefet/RJ, ele diz que, na época, não lhe faltaram chances de entrar no mercado. “Existem muitas empresas envolvidas na área de petróleo, diretamente e indiretamente, não tive dificuldades para conseguir uma oportunidade de estágio”, diz ele, que trabalhou por seis meses em uma empresa de inspeção de dutos.
Lucas é um exemplo de técnicos que preferiram buscar um novo patamar na carreira, investindo em uma graduação. No entanto, tanto o estudante quanto o executivo do SENAI concordam em um ponto: é possível construir uma trilha de sucesso como técnico no setor petrolífero. “É possível, sim, seguir carreira como técnico na área, mas para ganhar bem o trabalho é duro, pesado, desgastante”, diz Lucas. “Existem excelentes profissionais, com nível técnico de ensino médio, que ocupam posições de relevância para a operação ou coordenação dos processos e que são muito bem valorizados por isso”, diz Bastos.
Oferta
Devido ao aquecimento do setor, a profusão de cursos técnicos de diversas áreas com foco na indústria de Petróleo é notória. Por isso, o executivo do SENAI adverte que é o valor agregado e não o nome da instituição que importa na escolha. “Basta identificar os recursos de infraestrutura física e de pessoal envolvidos, bem como os investimentos necessários para que um curso técnico de excelência seja operacionalizado”, aconselha.
Fonte: NN - Matheus Franco.
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